Participei, com muito gosto, com a professora Luísa Neto, na Universidade de
Aveiro, numa sessão de apresentação do livro de Politics and Policies in the Debate on Euthanasia, da autoria de Inês Santos
Almeida e Luís F. Mota
Eis os tópicos que usei na minha intervenção:
sobre a Morte Medicamente
Ajudada
Rosalvo
Almeida rosalvo.almeida@gmail.com
neurologista
aposentado t bioeticista amador
livre
pensador t ateu tolerante
progressista
independente t minoritário impenitente
pretend ≠ pretender = fingir
question ≠ questão = pergunta
realise ≠ realizar = perceber
etc. etc.
support ≠ suportar = apoiar
evidence ≠ evidência = prova
assist ≠ assistir = ajudar falsos cognatos
2. Uma questão religiosa
Santidade da vida
O que Deus dá o Homem não pode tirar
O sofrimento purifica
A fé não se discute
não dá para argumentar
3. Uma questão semântica
Usar os termos “eutanásia”, “suicídio ajudado”, “morte”
ou
os termos “AMM”, “ajuda ao morrer”, “fim de vida”
eufemismos
4. Uma questão moral
Qual a diferença moral entre “deixar morrer, suspendendo tratamentos que prolongam a vida e o sofrimento” e “antecipar a morte, administrando medicação que encurta a vida”?
futilidade
“duplo efeito”
5. Uma questão deontológica
O código deontológico ajusta-se à lei
IVG
6. Uma questão de poder
Quem manda no meu corpo?
Quem decide o que eu quero?
autonomia / autodeterminação
(testamento vital/procurador de cuidados de saúde)
poder médico ameaçado
7. Uma questão legal
Lei democraticamente aprovada
Opção pela exceção – salvaguarda
Múltiplas confirmações e salvaguardas
objeção de consciência
Regulamentação
Comissão de Verificação
Carta aberta ao ministério da saúde
8. Elogio da Burocracia, Público, 7/10/24
Dizem alguns médicos e alguns enfermeiros que o tempo consumido a registar os procedimentos e atos realizados mais útil seria se fosse destinado a mais procedimentos e atos próprios das respetivas profissões. […]
XI - A burocracia e os atos burocráticos associados aos atos próprios das profissões de saúde são maléficos quando são em demasia, certamente. Os programas informáticos, sobretudo se melhorados pela “inteligência artificial”, hão de permitir que os profissionais tenham mais tempo para “aquilo que interessa”, mas, por mais eficientes que sejam, nunca deixarão de nos “obrigar” a dedicar algum do nosso tempo a tarefas “burocráticas”, usando a inteligência natural, usando a validação humana.
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