03 fevereiro 2024

Objeção de consciência na IVG

 

O impacto da "objeção de consciência" na prática da IVG:
uma síntese das justificações legais e sanitárias

Fiona de Londras, Amanda Cleeve, Maria I. Rodriguez, Alana Farrell, Magdalena Furgalska, Antonella F. Lavelanet *

Tradução da conclusão do artigo

The Impact of ‘conscientious objection’ on abortion-related outcomes: A synthesis of legal and health evidence

Conclusão

Alguns académicos expressaram a opinião de que a objeção de consciência é irremediavelmente imperfeita e não deve continuar a ser permitida, enquanto outros argumentam que tem valor suficiente para os profissionais de saúde e para os sistemas de saúde, pelo que devem ser procurados modos mais eficazes de a gerir (desde quotas, quando há provas de que a objeção de consciência está a impedir o acesso à IVG, até uma maior clareza nas leis, políticas e formação) para garantir que não prejudica aquele acesso. Esta última abordagem é consistente com os apelos da Organização Mundial de Saúde e dos organismos de direitos humanos da ONU para que os Estados tomem medidas para garantir que a objeção de consciência não prejudica na prática o acesso à IVG. Os dados considerados neste estudo sugerem fortemente que as atuais abordagens ao exercício da objeção de consciência são insuficientes para alcançar este objetivo. Assim, é visível que, para a objeção de consciência se manter, é necessário tomar medidas melhores e mais abrangentes para incluir as pessoas que a procuram a IVG na regulação da objeção de consciência e para prevenir e garantir a responsabilização por manifestações de consciência que vão além da opção de não prestar diretamente esses serviços em contextos não urgentes.

Ver texto original AQUI

* Birmingham Law School, University of Birmingham (UK); Women’s and Children’s Health, Karolinska Institute, Stockholm, Sweden; UNDP-UNFPA-UNICEF-WHO-World Bank Special Programme of Research, Development and Research Training in Human Reproduction (HRP), Department of Sexual and Reproductive Health and Research, World Health Organization, Geneva, Switzerland; Department of Obstetrics and Gynecology, Oregon Health and Science University, Portland, OR, USA; York Law School, University of York (UK)