Clin Pract. 2024 Jun
21;14(4):1196-1213
Guardar as histórias dos
doentes: implicações bioéticas e jurídicas relacionadas com a transição da
anamnese tradicional para a digital
Filippo
Gibelli, Paolo Bailo, Giuliano Pesel, Giovanna Ricci
School
of Law, University of Camerino
Tradução do Resumo
e das Conclusões do artigo
Resumo: Desde o início da
chamada «revolução digital», na década de 1950, têm sido criadas ferramentas
tecnológicas para simplificar e otimizar a recolha anamnésica tradicional,
demorada e trabalhosa para muitos médicos. Nos últimos anos, têm sido
desenvolvidos sistemas de recolha anamnésica «automatizados» cada vez mais
sofisticados, ao ponto de poderem ser integrados na prática clínica diária.
Este artigo não só fornece uma visão histórica da evolução dessas ferramentas, como
também explora as implicações éticas e médico-legais da transição da anamnese
tradicional para a digital, incluindo a proteção da confidencialidade dos
dados, a preservação da eficácia comunicativa do diálogo médico-doente e a
segurança dos cuidados em doentes com baixa literacia digital e em saúde.
[…]
Conclusões: Em conclusão, na
opinião dos autores, é completamente irracional impedir o progresso
tecnológico, dificultando o elaboração e disseminação de ferramentas
tecnológicas que podem facilitar, de forma concreta, o trabalho dos
profissionais de saúde, poupando-lhes tempo e energia. O que é necessário
fazer, em vez disso, é tentar redefinir as estruturas existentes da relação
médico-doente, de forma a adequá-las à nova realidade clínica. Como ficou
evidente na revisão da literatura, as questões mais concretas relacionadas com
a introdução de sistemas de anamnese digital são as da simplificação da
comunicação e da segurança dos cuidados na relação com os doentes sem literacia
digital. Estes desafios têm de ser abordados de forma proativa, por exemplo,
promovendo o desenvolvimento de novas competências de comunicação por parte dos
médicos e desenvolvendo sistemas digitais capazes de compensar de forma cada
vez mais eficaz as lacunas (conhecimentos digitais ou médicos) dos doentes.
O artigo original por ser
lido AQUI
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