06 maio 2025

Transição da anamnese tradicional para a digital

Clin Pract. 2024 Jun 21;14(4):1196-1213

Guardar as histórias dos doentes: implicações bioéticas e jurídicas relacionadas com a transição da anamnese tradicional para a digital

Filippo Gibelli, Paolo Bailo, Giuliano Pesel, Giovanna Ricci
School of Law, University of Camerino

Tradução do Resumo e das Conclusões do artigo

Preserving Patient Stories: Bioethical and Legal Implications Related to the Shift from Traditional to Digital Anamnesis

 

Resumo: Desde o início da chamada «revolução digital», na década de 1950, têm sido criadas ferramentas tecnológicas para simplificar e otimizar a recolha anamnésica tradicional, demorada e trabalhosa para muitos médicos. Nos últimos anos, têm sido desenvolvidos sistemas de recolha anamnésica «automatizados» cada vez mais sofisticados, ao ponto de poderem ser integrados na prática clínica diária. Este artigo não só fornece uma visão histórica da evolução dessas ferramentas, como também explora as implicações éticas e médico-legais da transição da anamnese tradicional para a digital, incluindo a proteção da confidencialidade dos dados, a preservação da eficácia comunicativa do diálogo médico-doente e a segurança dos cuidados em doentes com baixa literacia digital e em saúde.

[…]

Conclusões: Em conclusão, na opinião dos autores, é completamente irracional impedir o progresso tecnológico, dificultando o elaboração e disseminação de ferramentas tecnológicas que podem facilitar, de forma concreta, o trabalho dos profissionais de saúde, poupando-lhes tempo e energia. O que é necessário fazer, em vez disso, é tentar redefinir as estruturas existentes da relação médico-doente, de forma a adequá-las à nova realidade clínica. Como ficou evidente na revisão da literatura, as questões mais concretas relacionadas com a introdução de sistemas de anamnese digital são as da simplificação da comunicação e da segurança dos cuidados na relação com os doentes sem literacia digital. Estes desafios têm de ser abordados de forma proativa, por exemplo, promovendo o desenvolvimento de novas competências de comunicação por parte dos médicos e desenvolvendo sistemas digitais capazes de compensar de forma cada vez mais eficaz as lacunas (conhecimentos digitais ou médicos) dos doentes.

O artigo original por ser lido AQUI


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