20 maio 2007

Epilepsia e legislação

 
Sinapse, maio de 2007, n.º 1, vol. 7

Comunicação: Epilepsia e legislação

Resumo: A propósito dos direitos especiais que as pessoas com epilepsia (PcE) têm, o autor desenvolve algumas explicações sobre o direito a conduzir automóveis e as condições que a lei prevê. Depois de uma breve referência aos antecedentes históricos sobre a matéria e ao panorama de outros países, são referidas também as conhecidas limitações decorrentes de certas formas de epilepsia e os deveres das PcE no que se refere à segurança rodoviária. Aborda-se também a problemática do sigilo médico em contraponto com o valor social da proteção da vida de terceiros. Relacionando a questão dos atestados de incapacidade com a das declarações de aptidão, o autor dedica algum tempo aos possíveis conflitos de interesse em que PcE pretendem usufruir, ao mesmo tempo, dos benefícios derivados da incapacidade e dos direitos gerais próprios de quem não tem limitações. São referidos exemplos de aposentação por invalidez, benefícios fiscais e outros, desenvolvendo-se algumas considerações sobre as especificidades que as Epilepsias condicionam no quotidiano das pessoas, estejam elas no ativo ou não. A situação das PcE no que se refere à necessidade de tomarem, na quase totalidade dos casos, medicação durante toda a vida, leva o autor a tecer considerações sobre o regime de comparticipação do Estado no preço dos medicamentos e a descrever os direitos nesse campo existentes. Termina com palavras sobre o papel que o movimento associativo, em especial a EPI pode ter no reivindicar responsável em defesa dos legítimos interesses das PcE.